O que é a toxoplasmose ocular?

Toxoplasmose ocular é uma das causas mais comuns de infecção ocular em nosso país.

Acomete, principalmente, os pacientes entre 25 e 45 anos de idade e é caracterizada por recorrências que podem ocasionar redução visual severa.

Causas da toxoplasmose e transmissão

O toxoplasma gondii é um parasita predominantemente intracelular, tendo o gato como hospedeiro definitivo, mas pode também ser transmitido por água contaminada.

A transmissão se dá por ingestão de alimentos que não foram devidamente higienizados, como carne mal cozida e verduras mal lavadas.

Existe também a transmissão durante a gravidez, da mãe para o feto, quando ela adquire a infecção na gravidez.

Sintomas

Somente uma pequena parcela da população vai desenvolver doença ocular significativa. Os sintomas mais comuns são moscas volantes e diminuição da visão. O olho pode apresentar dor e pressão intraocular elevada.

Diagnóstico

O exame fundamental para caracterizar o diagnóstico é o mapeamento de retina, que detectará lesão esbranquiçada de corioretinite.

O diagnóstico é especificamente clínico, mas o médico pode solicitar exames complementares, como retinografia e tomografia de coerência óptica, para fazer o acompanhamento adequado.

Figura 1. Presença de lesão ativa, esbranquiçada, de toxoplasmose no fundo de olho, associada à lesão cicatrizada com mais pigmento escuro.

Figura 2. Fundo do olho com lesão cicatricial da toxoplasmose ocular.

Tratamento/cirurgia da toxoplasmose ocular

O tratamento da toxoplasmose ocular depende de algumas variáveis, como aspecto clínico da lesão, localização etc., tendo duração aproximada de 6 a 12 semanas em pacientes imunocompetentes, ou mais tempo em pacientes com sistema imunológico comprometido, como transplantados ou aqueles que possuem AIDS, por exemplo.

A suspensão do tratamento irá depender, essencialmente, do aspecto clínico da lesão ao exame de dilatação pupilar, mapeamento de retina que, em fase ativa, apresenta limites mal definidos, ao contrário da fase cicatricial.

As medicações utilizadas para o tratamento são Bactrin F, Clindamicina, Pirimetamina, Sulfadiazina, Espiramicina e Corticosteroides.

Essas medicações, geralmente, são utilizadas em associação. Existem complicações geradas pela doença que necessitam de tratamento cirúrgico. Entre elas, temos: descolamento de retina, membrana epirretiniana, turvação vítrea sequelar acentuada que não apresenta resolução e catarata.

Se o olho apresentar recorrência de toxoplasmose ocular, o mesmo tratamento pode ser instituído. Uma vez diagnosticada e tratada, exames posteriores de mapeamento de retina devem ser realizados para acompanhamento e detecção precoce de casos de recorrências.

A prevenção é o grande tratamento a ser seguido, principalmente, por mulheres grávidas que nunca tiveram contato com a doença.

OFTALMOLOGISTA
ESPECIALISTA EM toxoplamose

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